Além de Viçosa, os mandados judiciais foram cumpridos em Juiz de Fora, Belo Horizonte, Ervália, Paracatu e também em Três Rios, no estado do Rio de Janeiro.
A cidade de Viçosa foi palco de uma ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) na última quarta-feira, 21 de maio. A Operação Apate cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do Grupo CSC e nos endereços de seus diretores, investigando um suposto esquema de cartel e fraudes em licitações públicas de transporte coletivo.
A mira da operação está em uma alegada atuação coordenada de empresas em processos licitatórios de transporte público em diversas cidades mineiras, incluindo Betim, Belo Horizonte, Divinópolis, Governador Valadares, Contagem, Poços de Caldas e Juiz de Fora. A investigação foi desencadeada a partir de um relatório do Ministério Público de Contas de Minas Gerais (MPC-MG), que apontou possíveis irregularidades.
Além de Viçosa, os mandados judiciais foram cumpridos em Juiz de Fora, Belo Horizonte, Ervália, Paracatu e também em Três Rios, no estado do Rio de Janeiro. A Operação Apate mobilizou uma força-tarefa considerável, com a participação de cerca de 35 profissionais do Cade, 15 agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG, além de promotores, policiais civis e militares, e servidores do Ministério Público.
Após a coleta de provas, a Superintendência-Geral do Cade será responsável por analisar o material apreendido e emitir um parecer técnico. O caso será então encaminhado ao tribunal da autarquia para julgamento. Se a infração à ordem econômica for confirmada, as empresas envolvidas podem ser multadas em valores que variam de 0,1% a 20% do faturamento bruto obtido no ramo afetado. Pessoas físicas, por sua vez, estão sujeitas a multas que podem ir de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.
A investigação segue sob segredo de Justiça, e as provas dos supostos crimes serão apresentadas pelo Ministério Público à Justiça de Minas Gerais.
Foto: Folha da Mata
Informações MPMG