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Portas Fechadas: Urgência e Emergência do HSS fechadas nesta Sexta-feira, 7/6
7 de junho de 2024

A paralisação dos serviços de urgência, emergência, pediatria e obstetrícia estão parados por tempo indeterminado a partir de hoje.

Como previsto no comunicado emitido pela direção do Hospital São Sebastião (HSS) na quarta-feira, 5 de junho, o hospital amanheceu de portas fechadas nesta sexta-feira, 7 de junho. A decisão de suspender os atendimentos de urgência, emergência, pediatria e obstetrícia foi tomada devido à falta de médicos plantonistas, apesar dos esforços contínuos para solucionar o problema.

A direção do hospital destacou que a suspensão afetará todos os pacientes, independentemente de serem atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios ou de forma particular. No entanto, os pacientes já internados continuarão a receber cuidados até a alta médica.

A decisão do HSS foi contestada pela Associação Médica de Viçosa (AMV), presidida pelo Dr. Fernando Januário da Silva. Em comunicado, a AMV afirmou que os plantonistas não devem ser culpados pela situação do hospital. A associação revelou que os médicos estão há mais de três meses sem receber salários, exceto a equipe de emergência, e que há falta de equipamentos essenciais, como ultrassonografia 24 horas e serras de gesso. A AMV declarou que os médicos estão dispostos a trabalhar, desde que recebam seus honorários em dia e tenham condições dignas e seguras de trabalho.

Em entrevista ao Jornal da Montanhesa na tarde de quinta-feira, 6 de junho, a vereadora Jamille Gomes (PT) informou que as grávidas que precisarem de atendimento do Hospital São Sebastião durante os dias de paralisação deverão ser atendidas em Ponte Nova e que a prefeitura de Viçosa emitiria uma nota, mas até o fechamento desta matéria a nota não foi publicada. A vereadora destacou a necessidade urgente de soluções para a crise do HSS.

Durante uma reunião ocorrida na Câmara de Vereadores, o secretário de Saúde de Viçosa, Rainério Rodrigues, informou que a Secretaria Municipal de Saúde tomará medidas para mitigar os efeitos da paralisação. Entre as ações estão a contratação de um médico pediatra para atuar no Hospital São João Batista em casos de urgência e a ampliação do atendimento na Policlínica Central, que ará a ofertar atendimento 24 horas.

A suspensão dos serviços no Hospital São Sebastião é um golpe significativo para a comunidade de Viçosa e região, que depende desses atendimentos. A crise evidenciada pela falta de pagamento dos salários dos médicos e a carência de equipamentos essenciais refletem problemas estruturais mais profundos que necessitam de soluções urgentes.

As autoridades locais, junto com a Associação Médica de Viçosa e a Secretaria Municipal de Saúde, estão buscando alternativas para garantir que os serviços de saúde continuem a ser prestados à população, minimizando os impactos da paralisação.

A situação crítica nos hospitais da cidade, em especial no HSS requer atenção contínua e uma resposta coordenada entre os gestores, os profissionais de saúde, as autoridades municipais e a comunidade. A mobilização para resolver as pendências financeiras e melhorar as condições de trabalho dos médicos é essencial para o restabelecimento pleno dos serviços hospitalares.

O desfecho dessa situação dependerá da capacidade de articulação entre os diversos atores envolvidos e do compromisso com a saúde pública na região.