O estado também enfrenta epidemia de chikungunya e lidera o número de casos absolutos de dengue no país. Segundo o governo, biofábrica de mosquitos com a bactéria 'wolbachia' deve ficar pronta até maio do ano que vem.
Uma das apostas da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para enfrentar a epidemia de dengue e chikungunya em Minas Gerais é uma biofábrica de mosquitos com a bactéria "wolbachia". O Aedes aegypti que carrega esse microrganismo têm a capacidade reduzida de transmitir os vírus para as pessoas. Porém, a previsão é que a fábrica, prevista para ser instalada em Belo Horizonte, fique pronta até maio de 2024.
Em 2023, as incidências das doenças dispararam. Até este sábado (25), 46.619 casos de dengue foram confirmados. Quinze pessoas morreram no estado, por causa da doença. Sobre chikungunya, foram 10.895 casos confirmados e quatro mortes.
O governador Romeu Zema (Novo) confirmou, nesta segunda-feira (27), que o estado está enfrentando uma epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o governo, a grande quantidade de chuva que atingiu Minas Gerais nos últimos meses teria provocado aumento na incidência das doenças.
"Gostaria de lembrar que o ciclo deste ano, essa incidência elevada, costuma ocorrer só de três a quatro anos no estado", disse Zema.
O secretário de saúde, Fábio Baccheretti reforçou também que os casos estão concentrados, principalmente, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em 2023, até o dia 24 de março, foram confirmados 584 casos de dengue na capital. No mesmo período do ano ado foram 240 casos.
"Nós temos uma epidemia de dengue. E desta vez, como aconteceu no Caribe anos atrás, a chikungunya está crescendo muito proporcionalmente", disse.
Segundo ele, de dez focos do mosquito, nove estão concentrados nos quintais das casas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que há epidemia quando um local registra ao menos 300 casos a cada 100 mil habitantes.