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Covid: apenas BH tem transmissão extremamente alta para doenças respiratórias
4 de agosto de 2022

O pior momento da pandemia de Covid-19 certamente ou, mas BH ainda tem uma transmissão do coronavírus que preocupa. O Boletim Infogripe, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira (3) mostra que a cidade é a única capital do Brasil com  incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) extremamente alta. 

A incidência extremamente alta, conforme nota técnica da Fiocruz, se delimita a partir de 10 casos a cada 100 mil habitantes. BH, atualmente, tem uma taxa pouco maior que 10, mas ainda assim o quadro preocupa. Um quadro agudo de problemas respiratórios pode ocorrer por diferentes vírus, mas a Covid ainda demanda grande atenção por parte da população. 

“Isso indica que a gente tem que manter todos aqueles cuidados (contra a transmissão da doença). Principalmente, reforçar a quarta dose da população acima de 50 anos. Vários trabalhos mostram que a quarta dose nessa população e naquela com algum fator de risco diminui os casos graves”, diz o infectologista Unaí Tupinambás, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Os casos de SRAG são aqueles considerados graves, portanto não entram os casos de doenças respiratórias que não precisam de hospitalização, por exemplo. Apesar do quadro clínico não estar relacionado somente ao coronavírus, a Fiocruz informa que a prevalência do Sars-Cov-2 entre esses diagnósticos fica em torno dos 80%. 

Ou seja, a cada cinco doentes respiratórios graves, quatro estão com Covid-19. “A gente vê que há uma redução no número de casos novos, mas a mortalidade e o número de casos graves ainda demoram um pouco para cair. É o que está acontecendo em Belo Horizonte”, diz Unaí Tupinambás. 

De acordo com o pesquisador Leonardo Bastos, da Fiocruz, a Região Central de Minas Gerais não tem uma incidência extremamente alta de casos graves, o que é um bom sinal. "A macrorregião que BH pertence não está acima de 10 casos de SRAG por 100 mil habitantes. Na verdade, não temos macrorregião alguma em um nível extremamente alto", afirma.

Ainda assim, a incidência na Grande BH fica entre 5 e 10 casos graves a cada 100 mil pessoas, o que coloca a região numa classificação "muito alta", um degrau abaixo do cenário exclusivo da capital mineira.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou "que os indicadores epidemiológicos e assistenciais sistematicamente monitorados não têm indicado pressão assistencial na rede". Segundo a pasta, "os dados de positividades das unidades de testagem têm mostrado queda progressiva" na cidade. 

A Saúde municipal esclareceu que tem um Plano de Contingência para Enfrentamento da Influenza e outras doenças respiratórias em vigor. E que segue o protocolo do Ministério da Saúde para testar para a Influenza "pacientes que procuram as UPAs com quadros gripais, como febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo", por meio de amostragem nas UPAs sentinelas. Também é realizado o exame para detecção de Influenza em hospitais sentinelas em todos os pacientes internados com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A pasta informou, ainda, que "segue acompanhando diariamente a situação da doença na cidade. Caso seja necessário, e com base em dados epidemiológicos e evidências científicas, medidas poderão ser prontamente adotadas".

Minas Gerais

Por outro lado, em Minas Gerais, há uma probabilidade maior de 95% de redução de casos na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Esse cenário dá uma segurança de que a incidência de diagnósticos graves de doenças respiratórias está em queda no Estado. 

Apenas oito das 27 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento nas últimas seis semanas: Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe. Os demais estados e o Distrito Federal mostram estabilidade ou queda na tendência de longo prazo. 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,9% para influenza A; 0,1% para influenza B; 5,6% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 79,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,9% para influenza A; 0,1% para influenza B; 0,1% para VSR; e 95,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19). 

(O Tempo)

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